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Imperial Pilots dá ao rock uma abordagem nova com seu peso e emoções complexas

Banda lançou disco vigoroso e de sonoridade única, como um roteiro musical inspirado em um filme do Quentin Tarantino


O trio de rock alternativo, Imperial Pilots, lançou seu primeiro álbum em todas as plataformas de streaming pelo selo Electric Funeral Records em 2020, o disco é homônimo ao nome do grupo. Gravado no PSP Estúdio pelo produtor Paulo Pollon (Agnaldo Rayol, Luiza Possi), a banda formada por Joey Manzano (voz e guitarra), Pedro Roquini (baixo) e Alysson Bruno (bateria), traz a mistura da gritaria do punk, o som pesado do metal e do stoner com as melodias do space rock, em um trabalho obscuro e pesado.


Um dos melhores discos de rock alternativo já lançados no Brasil, "Imperial Pilots" é um álbum forte e cheio de personalidade com pouco mais de 25 minutos de rock/metal alternativo cintilante guiado por guitarras triunfantes e uma tonelada de emoções complexas. A banda garantiu que cada letra fosse entregue de forma emocionante com seu peso e contexto completos.


Mesclando rock alternativo, metal, garage rock, space rock e stoner, o trio cria uma odisseia deslumbrante passando por décadas de subgêneros que viveram e respiraram graças aos porões lotados e gigs de casas suadas, mas sempre soando sem esforço e de forma orgânica.


Imperial Pilots tem a capacidade de manter constantemente o ouvinte excitado com seus tempos pesados, assinaturas agudas, batidas intensas e ganchos que cativam o ouvinte. O disco abre espaço para um bom mosh e ao mesmo tempo que deixa você reflexivo.

O disco homônimo "Imperial Pilots" é uma adição sólida e marcante que todas deveriam ter em suas estantes, o registro age como uma auto-reflexão, explorando a luta humana de uma forma raivosa e intensa, mas eloquente. Não vemos a hora de nos deleitar com o novo material da banda que está para ser lançado em breve.


Convidamos a banda para ilustrar capa da Susse Magazine Edição de Maio/Junho, e em uma conversa descontraída, Imperial Pilots, nos conta mais sobre sua carreira, processo de composição, influências musicais e outras curiosidades. Confira!



Qual foi a inspiração para o nome da banda?

R: Imperial Pilots é uma referência aos kamikazes. Se jogar na música como se não houvesse amanhã.


Falem um pouco sobre a experiência de vocês com a música, se já tiveram outras bandas e quais as influências musicais.

R: já tivemos outras bandas juntos de diversos gêneros diferentes. Do grunge ao Prog, do punk ao metal. É bom ser versátil. O legal é gostar da música que ta tocando.


Quais são suas maiores influências musicais e fontes artísticas da banda?

R: Sabbath, Muse, Nirvana, QOTSA, Royal Blood são as principais ouvimos muitas coisas diferentes. Filmes e livros de terror influenciam bem mas tudo que é subversivo é atraente ao nosso gosto.


Como vocês canalizam suas inspirações e as transformam em música?

R: a gente deixa rolar no geral. As emoções vem dos desejos, frustrações, felicidades e decepções. Tudo é música e colocar isso pra fora é a alma da banda.

Como foi o processo de composição e gravação do EP "Imperial Pilots"?

R: Foi centralizada mas ao mesmo tempo a visão de todos fez a diferença. Sempre foi a ideia de compor um álbum sobre o terror e os nossos medos. Influências de Stephen King, Quentin Tarantino e outros é uma ideia de expor uma pensamento cruel e pesado junto com

letras doces.


Fala um pouco pra gente sobre a inspiração para o videoclipe "You are mine". Como surgiu o conceito e a ideia por trás da peça audiovisual?

R: baseado em contos de terror de stephen king, encontramos vários vídeos artísticos de diferentes regiões do mundo. Todos os artistas cederam seus vídeos e fizemos a edição entre nos. Foram mais de 10 artistas ao todo e a performance individual de cada um somou com o que buscávamos.


Pensando no cenário cultural nacional, quais são os maiores desafios para uma banda independente? Como vocês avaliam o impacto e a forma de consumo do mercado musical nos dias de hoje com o advento das plataformas de streaming?

R: todo mundo ta engajado em fritar o spotify e outras plataformas. O mercado consome cada vez mais rápido de forma mais automatizada. As pessoas são influencias por aplicativos a ouvirem determinadas bandas e artistas, enquanto outros não conseguem ter o mínimo de espaço e o lucro vai pra indústria. A gente quer fazer parte da indústria e pagar as contas. Pensar "underground" já não é mais a ideia. Qualquer artista hoje que quer viver da musica tem que se moldar a isso. Poucos são o que não aderem e sobrevivem.


Como a banda vê o feedback internacional do último material lançado? E isso impacta a forma como irão realizar os próximos lançamentos?

R: com certeza. Sempre pensamos que podemos ser uma banda internacional. O Brasil é pequeno pro gênero de rock. Os feedbacks de fora são sempre muito motivadores. Mas ainda precisamos trabalhar mais aqui e amadurecer mais um pouco pra ir viajar.


Há previsão de lançamento de material inédito?

R: queríamos lançar algo nesse começo de ano. Temos muitos materiais em andamento pra gravar mas tivemos que adiar conforme a pandemia aumentou. Mas aguardem que vai vier coisa nova.


Confira "You´re mine":

Confira 'Imperial Pilots': https://bit.ly/33ZwUcB







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